terça-feira, 27 de novembro de 2018

Bem-te-vi-rajado


Myiodynastes maculatus
 Família: Tyrannidae


Na primavera uma diversidade de pássaros sumidos no inverno reaparecem, é o caso do bem-te-vi-rajado. Macho e fêmea são parecidos com plumagem rajada que os disfarça entre as folhagens das árvores,   mas sua vocalização é bem característica, o denunciando. Seu bico e cabeça são desproporcionais ao corpo, a listra sobre os olhos não se junta na nuca.
   O casal cuida da ninhada agressivamente, atacando os que se aproximam, mas é a fêmea quem constrói o ninho em ocos das árvores e incuba  os ovinhos por 16 a 17 dias.
As vezes aparecem em pequenos bandos, com certeza a família com os filhotes nos primeiros voos, vocalizando muito.






Alimentação: Muitas vezes são vistos no alto das árvores apanhando insetos em pleno voo. Também se alimenta de frutos das matas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Surucuá-variado



Surucuá-variado
Trogon surrucura 
Família Trogonidae

Domingo dia 04 de novembro, antes das 7 da manhã o canto do Surucuá-variado invade a mata e o meu sonho, acordo e ainda continuo a ouvi-lo, parecia tão pertinho que não me contive, com a máquina fotográfica na mão vou a sua procura. Ouço aquele ronco característico e um canto afastado.

O macho, bem mais colorido do que a fêmea, este parece jovem ainda.



Depois de muito rastrear a mata descubro a ave num de seus voos de uma árvore a outra. Pelas cores percebo ser um macho, o canto dele continua e por acaso descubro uma fêmea.

 Eu estava com  roupa verde e paradinha perto dela, camuflada, não a assustei e pude observá-la. Ela ficou em torno de meia hora no mesmo lugar, limpando suas asas e seu corpo com seu bico, às vezes estufava o peito e suas peninhas.


A fêmea não tem as corres azuis e esverdeadas do macho, seu dorso é cinzento.






Durante o tempo em que fiquei ali, a fêmea não vocalizou, mas eu continuava a ouvir o chamado do outro surucuá ao longe. Para minha surpresa, depois de algum tempo, em que fiquei a me entreter com outras aves próximas, o macho aproximou-se da fêmea e a tirou do poleiro em que estava. Os dois voaram para poleiros diversos.
 Percebi logo que estava invadindo o espaço privado deles. Estava acontecendo uma coisa bela entre as aves, a corte do macho com a fêmea, resolvi me retirar. Continuei ouvindo seus cantos ao longo de toda a manhã.


Que presente maravilhoso poder começar o domingo assim, agradeço a Deus por toda essa natureza que nos conecta com nossa essência mais pura, com a própria natureza, que também fazemos parte. 

Irré

Myiarchus swainsoni
 Dia 07 de novembro, horário de verão, manhã fria. O canto do irré mistura-se com o canto de outros pássaros.


O canto do irré é comum quando inicia a primavera, de cores pardacentas é difícil ser observado. No ano passado por essa época ele pairava nos galhos secos de uma árvore alta, o que facilitava sua observação,  mas os galhos caíram e ele não usa mais o que sobrou da árvore. Por acaso fotografei-o tentando pegar insetos na minha janela.






Pode-se observar a garganta clara e o ventre mais amarelado

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Asa-de-telha

Asa-de-telha
Família: Icteridae
Nome científico: Agelaioides badius

Essa espécie foi encontrada a margem do rio Caí, ciscando pelo chão.
Local: beira do Rio Caí, Vale Real, dia 10 de novembro de 2018
Comprimento: de 15 a 18,6 cm
Macho e fêmea são acinzentados, o ventre é mais claro, com cauda mais escura,
 as asas são cor de telha com bordas mais escuras. Possui marca negra nos olhos.
Alimenta-se ciscando no chão, frutas, sementes e invertebrados.
Nidificação: Em cada estação tem uma ninhada com 2 ovos.