domingo, 27 de maio de 2018

Dia da Mata Atlântica

Dia da Mata Atlântica, hoje dia 27 de maio. Esse bioma é um dos mais prejudicados, principalmente por ter nele grandes centros urbanos.
Essa data foi criada em 21 de setembro de 1999, tendo em vista a Carta de São Vicente, de 27 de maio de 1560, onde Padre Anchieta descreveu as belezas de nossas florestas.
Esse dia é um alerta para refletirmos sobre esse bioma. Orienta-se para que escolas, organização e instituições de proteção ambiental organizem atividades com o objetivo de reeducar a população quanto a consciência ambiental, principalmente em relação à Mata Atlântica. 

Mata Atlântica, floresta tropical com uma grande biodiversidade, presente na área litorânea brasileira, com extensão de 100 mil Km2. Os maiores centros urbanos do Brasil estão dentro desse bioma, marcado pelo desmatamento dando lugar a especulação imobiliária, industria do carvão, poluição ambiental...  por isso seu processo de desaparecimento! E esse processo vem de longa data,  começou com o corte do pau-brasil com os portugueses e ainda na atualidade,  apesar do alerta já dado sobre os perigos da extinção desse bioma, o desmatamento continua , pois as leis ambientais são rígidas para os pequenos mas frouxas para os grandes empreendedores!

Nossa homenagem hoje é para um dos animais esquecidos dessa mata, que na nossa região parece muito abandonado! Não se sabe de nenhum embargo à corte de árvores ou de florestas, para não prejudicar famílias de bugios. Não há estudos, nem acompanhamento de seus bandos. E ainda mais com a febre amarela, parece mais ainda detestado!

No alto dos pinheiros família de bugios alimentam-se com os pinhões




Os bugios são os maiores primatas neotropicais, são arborícolas ou herbívoros, sua dieta é basicamente de folhas novas das árvores e frutos. Possui uma cauda longa que o ajuda na locomoção. A pelagem dos machos adultos é avermelhada enquanto que os filhotes e a fêmea são mais escuros.
Sua vocalização é muito alta, podendo ser ouvida a quilômetros de distância, isso ocorre devido ao osso hioide, (localizado entre a laringe e a base da língua) que faz o papel de uma caixa de ressonância.

 Eles são muito curiosos, com o desmatamento crescente, habitam as árvores próximas às moradias e vão se adaptando aos novos tempos.





Quando encontram uma árvore apropriada, gostam de coçar a barba, ou descansar.

Rolinha-roxa

Rolinha-roxa
Columbina talpacoti
 Família Columbidae

Essas rolinhas são conhecidas no nordeste pelo nome de rolinha-caldo-de-feijão, realmente a plumagem lembra o nome, pois a cor ferrugem e algumas bolas escuras lembram o caldo de feijão. Essa rolinha é nativa, mas muito bem adaptada ao meio urbano, são encontradas em jardins, praças, gramados etc..
Elas formam grupos grandes onde há abundância de alimentos, como no pomar do meu sogro, no bairro Tijuca em Caxias do Sul,  onde as fotos foram tiradas:


Um pouco maior do que a picuí, mede 17 cm, o macho possui a cabeça puxando para o cinza azulado, enquanto a fêmea é parda, mas os dois possuem plumagem marrom com pontos negros nas penas. 





Alimentam-se de grãos, frequentam comedores de aves com quirera de milho.

domingo, 20 de maio de 2018

Caneleiro-preto


Esses registros fotográficos são de uma situação inusitada. Um filhotinho de pássaro foi salvo da boca do  gatinho Mimi, estava vivo, porém machucado. Colocamos a vítima numa caixinha e o alimentamos por meio de uma seringa com farinha milho e água. No dia seguinte estava melhor, conseguimos uma gaiola  emprestada e o colocamos  no sol, com o intuito de soltá-lo quando estivesse bem recuperado. No final da manhã ouvimos seu canto alto e repetitivo.
Comentamos que o canto do filhote de pinguim é reconhecido pela mãe mesmo numa colônia de milhares, nos lembramos do documentário A Marcha dos Pinguins, será que com as aves é a mesma coisa? Não deu pra refletir muito sobre isso, pois logo avistamos uma ave muito diferente da que conhecemos pousando nervosamente de um lado ao outro da gaiola.





Tentei identificá-la, mas cheguei a conclusão que era a primeira vez que a via.  A ave adulta pousava nas laterais da gaiola, insistindo em chegar perto apesar de nossa presença, enquanto o filhote continuava piando alto,  a plumagem era semelhante ao macho da choca-da-mata, corpo cinza com  o boné escuro na cabeça e pintas claras na parte inferior da ponta das asas da cauda, porém, a ave era maior e mais delgada. A situação ficou tão crítica que com cuidado cheguei até a gaiola e soltei o filhote, que correu para o mato com o adulto junto, pensei tratar-se de sua mãe. Foi no final do ano passado. De lá pra cá tenho pesquisado para poder identificá-la. Pesquisei em guias de aves da região e  na lista de aves identificada no município de Caxias do Sul - Taxéus  (https://www.taxeus.com.br/listamunicipio/rs/caxias-do-sul/aves), mas não a encontrei.

Consegui a identificação com Fábio Costa, da Zoologia do Museu de Ciências Naturais da UCS, a quem sou muito agradecida,  é o caneleiro-preto.

O caneleiro-preto pertence a família Tityridae. Seu nome cientifico refere-se ao seu bico robusto e a asa pintalgada. São 8 subespécies. A do sul do Brasil é o Pachyramphus polychopterus spixii.

Apresenta dimorfismo sexual, a coloração do macho é meio acinzentada, o alto da cabeça é escuro e o ventre é mais claro. A fêmea é parda, verde-olivácia com pintas claras nas asas. As fotos são do macho.

Comprimento: 14 e 15,5 cm.
Os dados foram pesquisados no wiki aves (http://www.wikiaves.com.br/caneleiro-preto) .


Local: Santa Bárbara de Ana Rech, Caxias do Sul, RS

sábado, 19 de maio de 2018

XII edição do Clic Ambiental

Há 12 anos a Secretaria do Meio Ambiente de Caxias do Sul (SEMMA) promove um concurso de fotografias. O objetivo maior é promover as riquezas e belezas da nossa cidade, incentivando a criatividade. As escolas sempre participam desse evento.

 Sob o tema “Bem-estar Animal – Você também é responsável”, foram premiadas fotos em 2 categorias, livre para a comunidade em geral e escolas para estudantes do ensino público ou privado e quatro modalidades: Animais Silvestres, Aves, Animais de Grande Porte e Animais de Pequeno Porte.
 Neste XII edição do Clic Ambiental participei, na categoria livre, com fotos de bugios e duas de aves, uma delas tirou o 3º lugar, a do Sabiá-laranjeira.
A equipe da Secretaria junto com Patricia Rasia, titular da SEMMA entregaram placas e certificados aos ganhadores. O evento aconteceu no auditório do Centro Administrativo Municipal com a presença do Prefeito Daniel Guerra. A exposição das fotografias vencedoras vai trafegar em alguns pontos da cidade durante o ano. 

Modalidade Aves, terceiro lugar "Sabiá-laranjeira"









Abaixo são as fotos de animais silvestres que participaram também, tiradas na RPPN Santa Bárbara em abril de 2018:

 Bugio alfa demarcando território com seu rugido

 Filhote curioso no telhado de nossa casa

 Face de um filhote

Filhote, não se incomodam com a presença humana


Página do face com as fotos do evento:
https://bit.ly/2rRbOsw


https://caxias.rs.gov.br/2018/05/secretaria-do-meio-ambiente-premia-vencedores-do-xii-clic-ambiental

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Rolinha-picuí

Rolinha-picuí  Columbina picui
Local: Bairro Tijuca Caxias do Sul - RS
Essa foto concorreu ao XII Clic Ambiental de Caxias do Sul

Essas pequenas rolinhas, do tamanho de um tico-tico, 15 cm, aparecem em bandos ou casal nos galhos de árvores ou bambuzal. Habituadas com centros urbanos, por isso é considerada sinantrópica. Alimentam-se de grãos, no quintal onde essas fotos foram registradas elas disputavam com as galinhas quirera de milho. Pertencem a família Columbidae, de plumagem clara com uma risca escura na asa. Possui uma listra escura do bico até o olho.
 O ninho, como na maioria dos indivíduos da família Columbidae é formado por uma plataforma de gravetinhos finos onde dois ovos são incubados pelo casal.

 
 









quinta-feira, 17 de maio de 2018

Sanhaçu-papa-laranja

Sanhaçu-papa-laranja  Pipraeidea bonariensis
Família : Thraupidae 
Local da foto: Bairro Tijuca - Caxias do Sul

O macho desta espécie é muito colorido, com a cabeça azul, mascara mais escura ao redor dos olhos e bico, seu peito é amarelo puxando para o laranja mais próximo da garganta. Seu dorso é azul mais escuros com as pontas das asas mais claras. A fêmea possui a plumagem mais discreta em tons esverdeados.

Adaptados a centros urbanos, alimentam-se de frutas, por isso podem ser avistado em pomares e quintais, mas também em áreas abertas e de cultivo.
Tem mais de uma ninhada no ano, 2 a 3 ovos são incubados por 13 dias.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Sabiá-laranjeira

Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris 
 Família Turdidae

Local das fotos: Bairro Tijuca - Caxias do Sul - RS
O sabiá-laranjeira é um pássaro muito popular no Brasil. Gonçalves Dias o imortalizou na Canção do Exílio. Uma lenda indígena conta que as crianças são abençoadas quando ouvem o canto do sabiá de manhã cedinho. Seu nome em tupi é aquele que reza muito.



Mede  24 cm, o abdômen alaranjado o identifica, seu dorso é acinzentado. Possui um anel auricular laranja que ressalta seu olho. Gosta de frutas como laranja, caqui, mamão, além de insetos minhocas e larvas. 
O casal constrói o ninho, usando gravetinhos e lama. A incubação é de 3 a 4 ovos num período de 13 dias, mais de uma vez ao ano. Encontrado desde o nordeste, principalmente em áreas abertas, bordas da mata com incidência de água, pois adoram tomar banho e nos pomares e jardins.   
Seu canto é muito apreciado, lembrando notas de flauta. Os poetas os identificam como a ave que canta nas estações do amor.
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