sábado, 10 de março de 2018

Aracuã

Nome Científico: Ortalis squamata
Família Cracidae

Os aracuãs são difíceis de serem avistados. Em 2016 avistei um na mata e no ano seguinte avistamos três, provavelmente uma família. Qual não foi minha surpresa de ter flagrado três aracuãs num comedouro próximo. Dia 09 de março, tarde ensolarada, observei-os de longe e fui chegando perto até me certificar que espécie estava ali, já que não eram tão grandes quanto os jacus, que frequentam o comedouro, nem tão pequeno quanto os pássaros. Eles não sentiram minha presença e pude fotografá-los.








A plumagem é marrom, as penas da cauda são escuras. Medem 50 cm. O dorso marrom com a plumagem do peito escura, mas delineadas de branco nas bordas, a semelhança de escamas. Bico forte com curvatura.
Frutos e folhas fazem parte de sua dieta, mas também frequenta comedouros com quirera de milho. 

Fotos do dia 09 de março de 2018, comedouro de aves da família Rodrigues. Santa Bárbara de Ana Rech

quinta-feira, 8 de março de 2018

Bugio-ruivo

Alouatta guariba clamitans 

Desde 1998 vivemos no interior de Ana Rech. Naquela época o mato e o silêncio imperavam, com muita araucária e mata nativa. Famílias de bugios passavam ao longe e era uma festa poder avistá-los de vez em quando. Hoje, infelizmente as matas diminuiram, a população aumentou drasticamente, o tuc tuc do som dos carros rebaixados em fim de semana impera… E em meio a esse caos estamos vendo os animais ajustando-se, com novos hábitos. Uma pequena família de bugios alojou-se  a poucos metros de nossas casas nas araucárias que preservamos, o hábito de andar quilômetros pela floresta foi extorquido pela falta de floresta.

Ultimamente acordamos toda a manhã com o ronco do bugio. Penso que é um alerta, o que vocês pretendem conosco, extinguir-nos? Estamos sem casa! Os bugios e outros animais silvestres  são expulsos de suas matas para dar lugar a casas e quintais !
Não paramos mais para ver a novidade, os poucos bugios agora são corriqueiros…. Talvez a última família da região ! Caxias do Sul, cidade que cresce a cada dia, riscando as matas de seu mapa!!!


Os filhotes imitam o ronco do macho alfa!




Descanso. Fotos da janela da área de serviço!

                        O macho alfa sempre alerta

 O dia amanhece com seus rugidos, alimentam-se, locomovem-se e descansam num tronco em diagonal que caiu, mas ficou seguro por cipós. Ali eles se alimentam de folhas e brotinhos,  coçam a barba, as costas e descansam. Ficam nesse espaço por volta de duas horas. Nesse tempo temos que limitar o espaço dos cães, que insistem em espantá-los, ficam trancados na sala, nossos cães  não compreendem quando explicamos que nós é que somos os invasores dessa região e não os pobres dos bugios!


Local: Santa Bárbara de Ana Rech, Caxias do Sul, RS

Agradecemos a a bióloga Juliana Nascimento Martins, pela indicação do seu trabalhos de pesquisa sobre os Bugius:

Monografia Curso de Ciências Biológicas da UCS: 
http://www.tecniflora.com.br/Martins__J.N._2008.pdf

https://pt.slideshare.net/kaduverona/rea-de-vida-e-dinmica-do-uso-do-espao 

quinta-feira, 1 de março de 2018

JURITI-GEMEIRA

Juriti-gemedeira -Leptotila rufaxilla

Essa pomba esconde-se na mata e dificilmente a observamos. Pomba grande quando voa pelos galhos das árvores ouvimos o som das asas batendo. Fica muito tempo num poleiro de árvore, mas quando se sente observada esconde-se entre os galhos.
Sua plumagem é de um tom telha bem clarinho com as asas mais escuras. A fronte é mais clara, bico escuro e pernas avermelhadas. Olho marrom com um delineado mais escuro que termina num traço fino de encontro ao bico.  Possui 28 cm de comprimento.
Alimentação: granívora e frugívora






domingo, 25 de fevereiro de 2018

SUIRIRI


Suiriri
Nome Científico: Tyrannus melancholicus
Essa ave com ventre amarelo, cabeça cinza e penas das asas na cor marrom,  delineadas em tom mais claro, aparece no sul quando esquenta. Ouvimos sua vocalização, onomatopeia de seu nome sui-ri-ri, nos fios de luz ou nos galhos mais altos das árvores, até mesmo nas cidades com arborização.  Nesses poleiros ficam a espreita de insetos para se alimentar.


Comprimento: 18 a 20 cm de comprimento.
Coloração: Cabeça cinza com faixa ocular mais escura. Asas e cauda em tons de marrom. Ventre amarelo.









São considerados pássaros agressivos, defensores de seu território, principalmente em períodos de nidificação, recentemente fiquei surpresa ao ver dois suiriris expulsando um gavião de uma araucária, onde tinham seus ninhos.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Gibão-de-couro

Gibão-de-couro
Nome científico: Hirundinea ferruginea
Família: Tyranidae 

No retorno da praia pela Rota do Sol, numa parada no alto da serra do Pinto, ouvi um som de ave que me interessei em identificar, avistamos  aves com hábitos semelhantes ao suiriri, pousadas no fio de luz e num poste alçavam voo e voltavam ao seu posto, provavelmente caçando insetos em voo. Com o zoom da máquina fotográfica vi uma ave desconhecida para mim. Ave escura com tons ferrugíneos. Pela Internet descobri tratar-se do gibão-de-couro. Esta ave está associada a serras e paredões rochosos. Seu ventre é ferrugíneo, com asas cinzas com bordas ferrugem, o dorso e cabeça são mais escuros.
Alimenta-se de insetos em voos rápidos.
Essa ave usa pedrinhas para forrar o ninho, que depois é amaciado com fibras vegetais. Esses ninhos são construídos em locais protegidos da chuva e do vento.









segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Gaivotão

Gaivotão Larus dominicanus  
Familia: Laridae

Essa ave marinha é considerada praga nos ambientes costeiros devido ao grande crescimento de sua população.
Comprimento: 58 cm
Alimentação: Possui hábitos alimentares generalistas e oportunistas.

Reprodução: de março a junho as gaivotas adultas migram para ilhas onde constroem ninhos no solo. Os filhotes apresentam rápido crescimento, em um mês já estão voando.

A ave adulta possui o dorso e as asas negras, com cabeça e ventre brancos. O bico é amarelo com ponta vermelha no maxila. As pernas são esverdeadas. Os imaturos tem plumagem cinzenta no dorso, com partes ventrais brancas, com bico preto e patas cinzentas. 

Sua distribuição ocorre no hemisfério Sul, desde o estado do Espírito Santo até a Terra do Fogo, ilhas atlânticas e o litoral pacífico da América do Sul, África e Nova Zelândia. 

Fotos de gaivotão jovem, na praia da Meta - Araranguá - SC




Fonte: http://www.wikiaves.com.br/gaivotao

Coruja-buraqueira

Essa espécie, com hábitos diurnos e crepusculares, são encontradas no litoral, campos, planícies e restingas. Seu nome é devido ao hábito de cavar buracos no solo, para refúgio e ninhos. 
Seus grandes olhos amarelos são marcantes, dispostos num mesmo plano, por isso possuem a capacidade de girar o pescoço 270º e visualizar em três dimensões, altura, largura e profundidade. Audição e visão privilegiadas facilitam a caça. As imaturas são gorduchas e descabeladas com plumagem em cores claras.  
As fêmeas adultas são mais escuras e menores do que os machos. 

Comprimento: 23 cm
Alimentação: Ave predadora, suas presas dependem da estação, por isso é chamada generalista, alimenta-se de roedores, répteis, insetos, morcegos etc...
Reprodução: Entre março e abril faz ninhos em buracos já existentes, ou cavam com os pés e bicos, que são forrados com capim seco, podendo ter até  3m de profundidade. De 6 a 11 ovos são chocados por 28 a 30 dias pela fêmea que é alimentada pelo macho. Este cuida dos filhotes também, protegendo-os de invasores como cachorros e gatos, através de gritos de alerta e ataques em voo. 









Essas fotos foram tiradas no início da manhã na Praia Balneário do Arroio Silva na segunda-feira de carnaval. 



domingo, 11 de fevereiro de 2018

Garça-branca

Garça-branca-pequena (Egretta thula)

Família: Ardeidae

Essas garças brancas medem entre 50 a 60 cm de comprimento. Possuem o bico e tarsos negros contrastando com os pés amarelos.
Alimentação: Peixes, além de caranguejos, anfíbios, pequenos répteis e insetos. 
É comum encontra-las formando ninhais com outras espécies como a garça-grande e garça- vaqueira. O ninho é formado por galhos secos no alto de árvores. Até 7 ovos são incubados pelo casal num período de 25 a 26 dias. 
Elas são encontradas em grupos, em locais com água, como rios, lagos, praia em toda a América do Sul. 








As fotos foram tiradas na orla de Morro dos Conventos SC, carnaval 2018.

Pernilongo


 Pernilongo Himantopus melanurus
Família: Recurvirostridae

Comprimento : 38 cm comprimento
Ave marítima encontrada em toda a orla brasileira, bem como lagoas, banhados e manguezais. Seu nome é devido a suas pernas e bico longos a semelhança de inseto.
Alimentação: insetos e pequenas presas marinhas.






 Bico fino e pernas longas

 Grupos de pernilongos alimentando-se junto com as garças-pequenas

Descanso nas dunas junto com garças e piru-pirus.

 As fotos foram tiradas na orla de Morro dos Conventos SC.